Era uma vez no Halloween
Desde criança, sempre gostei de me fantasiar. Digo “fantasiar” porque meu gosto estético pode ser considerado um tanto excêntrico para o padrão geral. E esse era o único motivo que me fazia simpatizar com o carnaval – o fato de poder usar roupas nada convencionais sem precisar dar explicações.
Acho que foi depois de assistir o filme Abracadabra que descobri o Halloween e me apaixonei pela temática. Pela primeira vez, tive a sensação de que todos os meus sonhos mais malucos eram reais – de certa forma. Depois dessa descoberta, nunca mais quis saber de carnaval, muito obrigada. Afinal, agora eu tinha o melhor dia de todos para me fantasiar, certo? Nem tanto.
Com muita tristeza, me dei conta no primeiro Halloween da minha vida, que esse tipo de festividade não era comum em terras brasileiras. Por aqui, a celebração do Dias dos Mortos é mais fúnebre e silenciosa – e definitivamente não envolve fantasias. Mas eu nunca desisti e, mesmo sozinha, sempre celebrei o Dia das Bruxas.
Meu amor pelo Halloween só cresceu ao longo dos anos. Cresceu tanto que, recentemente, resolvi celebrar esse amor escrevendo contos com o tema.
Algumas ideias surgiram na minha cabeça quase que prontas numa dessas semanas de inspiração em massa que acontece uma vez em cada geração. Colocar todas no papel, no entanto, vai consumir mais tempo do que isso – levando em consideração que não tenho prática nenhuma com escrita de contos.
De qualquer maneira, eu gostaria de concluir esse pequeno projeto nada ambicioso chamado “Era uma vez no Halloween”. Se vou conseguir terminar a tempo de publicar ao menos um conto no próximo Dia das Bruxas, não sei dizer. Mas voltar para a caverna da escrita cheia de ideias borbulhando no caldeirão da imaginação sempre aquece o meu coração. Mesmo que essas histórias não vejam a luz do dia.