Maggie Stiefvater e Os Garotos Corvos
Não sei o que me levou a ignorar essa história por tanto tempo. Desde que me lembro de ter colocado os olhos nessa capa maravilhosa tenho vontade de ler Os Garotos Corvos. Mas por alguma razão que ainda desconheço, nunca voltei minha atenção para o livro e agora tenho a sensação de que a gente não compartilhava a mesma realidade.
Gosto de pensar que existe um tempo para tudo, e que se eu tivesse lido esse livro em algum outro momento, talvez não apreciasse tanto o enredo ou a mitologia apresentada nele. Acho que nossos caminhos se cruzaram quando eu realmente estava precisando dessa história na minha vida, quando eu estava pronta para ela.
O livro tem todos os tipos de elemento que me agrada em uma história… lendas urbanas, mitos, romance sem ser o foco principal da história – mesmo sendo uma parte importante -, relacionamentos baseados em um laço forte de amizade e capítulos que não estão ali apenas para encher linguiça.
Antes mesmo de concluir a leitura, já estava no google pesquisando mais sobre Maggie Stiefvater e os próximos livros da série.
Uma das coisas que mais gosto de encontrar na internet são as artes feitas por fãs com releituras de como eles imaginam os personagens e certas cenas dos livros. E foi assim que comecei a desconfiar que estava prestes a ser atingida por um spoiler então decidi parar de ver essas artes maravilhosas e apenas ler mais sobre como Maggie desenvolveu os livros.
Então, quando menos esperava, descobri que a série teve os direitos comprados para ser adaptada para televisão e… um spoiler me atingiu no twitter da autora enquanto espiava a imagem do script.
Valeu, Maggie!
Mas não posso nem reclamar, afinal, o livro foi lançado há bastante tempo (inclusive uma nova trilogia desse mesmo universo já foi escrita).
Enfim… Os Garotos Corvos é o tipo de história que nos faz acreditar que existe mais no mundo do que os nossos olhos podem ver. Em certo momento, me peguei levando seriamente em consideração algumas teorias da conspiração que já vi pela internet e me perguntei, mais de uma vez, “e se for verdade?” sobre certas lendas que também estão espalhadas pela web.
Isso, meus amigos, é o poder de uma boa narrativa. Ela nos prende, e faz a gente pensar que o impossível é apenas uma questão de ponto de vista.